Força Nacional atuará no entorno de presídio onde houve massacre no AM
Os homens da Força Nacional - que desembarcaram em Manaus nesta terça-feira (10) - devem fazer o reforço da segurança nos arredores do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), situado na BR-174 em Manaus. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes. Segundo ele, o efetivo não vai atuar no perímetro urbano da capital.Segundo a Força Nacional, 99 homens chegaram em Manaus. Eles devem atuar em regime de 23 homens por turno, nos arredores do Compaj, presídio onde houve a morte de 56 detentos, no maior massacre do sistema penitenciário do Amazonas.
De acordo com Sérgio Fontes, a atuação na Força ficará limitada aos arredores do Complexo, que abrange no perímetro o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), que também registraram mortes e rebeliões desde 1º de janeiro.
"Se perguntar se vão guarnecer a cidade, a Vidal Pessoa, a UPP, eu respondo que não. Eles vão ficar na área do Compaj. Se eles sozinhos vão conseguir resolver tudo, certamente que não. Mas a Força Nacional vai segurar, numa primeira possível reação (rebelião)", disse Fontes.
"Acreditamos que será uma força dissuasória. Se o preso souber que ele tem ali 30 policiais prontos para atuar, preparados e equipados para isso, talvez ele pense duas vezes antes de fazer alguma coisa", completou o secretário.
Ainda segundo Fontes, a Força Nacional segue na capital por tempo indeterminado. "Não tem tempo, eles ficam o tempo que a crise demorar", pontuou ele, ao ressaltar que os trabalhos do efetivo devem começar já nesta quarta-feira (11).
A medida faz parte do auxílio do governo federal a sete estados que pediram ajuda para reforçar a segurança do sistema penitenciário local: além do Amazonas e Roraima, também pediram ajuda Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.
Somente na semana passada, rebeliões em penitenciárias no Amazonas e em Roraima resultaram na morte de cerca de 100 presidiários.
Além de equipamentos e armamentos, foram pedidas transferências de presos mais perigosos para presídios federais. Segundo o ministro da Justiça, as vagas serão disponibilizadas ineditamente assim que a Justiça autorizar as mudanças, a serem efetuadas pela Polícia Federal.
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